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Em 2002, com apoio de Roseana, José Reinaldo venceu o favorito Jackson |
As últimas três eleições estaduais no Maranhão –
2002, 2006 e 2010 – acentuaram o acirramento entre governo e oposição,
praticamente dividindo o eleitorado.
E as três têm a mesma característica: mostram a
forte hegemonia do governo, que venceu uma delas em 1º turno, com o candidato
que concorria à reeleição, e aplicou duas viradas extraordinárias – com
candidatos que, até um ano antes do pleito eram tratados por “picolé de
chuchu”, dado os ínfimos índices de intenção de votos registrados até então.
A vitoriosa em 1º turno foi Roseana Sarney
(PMDB), que venceu por conjunção de três fatores: estava no comando do
governo, o recém-cassado Jackson Lago (PDT) estava desgastado, e o comunista
Flávio Dino (PCdoB) carecia de maior estrutura política e maior penetração no
eleitorado.
Já
as eleições de 2006 e 2002 servem também como pano de fundo para a
análise dos números recém-divulgados do Instituto Amostragem.
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Em 2006, foi José Reinaldo quem apoiou Jackson e venceu da favorita Roseana |
Foram justamente as eleições da vitória dos “picolés de
chuchu”.
Em 2001, o então vice-governador José Reinaldo Tavares (PSB)
não tinha sequer a garantia de que poderia ser candidato a governador no ano
seguinte – e registrava quase traço nas pesquisas internas do Palácio dos
Leões.
Ele começou aquela eleição enfrentando um prestigiado
pedetista Jackson Lago, recém-saído da Prefeitura de São Luís, e registrando
quase 70% das intenções de voto.
Contra Tavares, que registrava algo em torno de 7% das
intenções de voto, pesava ainda o desgaste e a desmotivação do governo Roseana
Sarney, atingido pelo escândalo Lunus.
Mesmo assim, Tavares assumiu o governo, foi para a campanha
e venceu Jackson Lago ainda no 1º Turno, com algo em torno de 51% dos votos
válidos.
Em 2005, José Reinaldo já havia rompido com Roseana Sarney e
estimulava a candidatura de Jackson Lago. O pedetista, no entanto, patinava com
menos de 10%, diante de altíssima popularidade da então senadora.
Roseana começou a campanha em 2006 com altíssimos 73% das
intenções de voto, com chances de vencer em 1º turno.
Decidido a derrotar os Sarney, José Reinaldo permaneceu no
governo, comandou a campanha de Jackson Lago e conseguiu empurrar o pleito para
uma segunda rodada.
Resultado: venceu as eleições.
Agora em 2013, a mesma situação de José Reinaldo e Jackson Lago é vivida pelo secretário de Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB): ele é o eventual candidato do governo e o oposicionista Flávio Dino (PCdoB) lidera as pesquisas, com 67% das intenções de voto, segundo Amostragem.
Mas há um detalhe em favor do peemedebista que não existia nem com
Tavares, nem com Lago: faltando 1 ano e meio para o pleito – e mesmo
sendo considerado pela oposição um “picolé de chuchu” – Luis Fernando já
aparece com 15% no Amostragem.
E a história, como se viu ao longo do texto, mostra que os picolés de chuchu têm levado a melhor contra os favoritos…
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