De acordo com uma perícia técnica realizada no dia 19 de março deste ano, com autorização do Juiz de Buriticupu, Duarte Henrique Ribeiro, a assinatura que consta no depoimento prestado em delegacia pela testemunha de nome Antônio Cristóvão Marques de Sousa foi falsificada. O mesmo confessou fazer parte de quadrilha especializada em explosões de agências bancárias no interior do Maranhão e afirmou a participação do Cabo da Polícia Militar do Maranhão, Karuzo Silva Oliveira de Imperatriz.
O caso foi investigado pela Superintendência de Investigações Criminais (SEIC) comandada, na época, pelo delegado Tiago Bardal, atualmente investigado por participação em uma quadrilha de contrabando internacional. O exame que foi realizado por um perito do ICRIM do estado do Piauí deve trazer uma reviravolta ao caso, e os processos podem ser anulados.
Por conta das acusações de falsificação, em fevereiro de 2017, de acordo com o Ofício 224/2017, Tiago Bardal retirou Antonio Cristóvão do Sistema Prisional sem ordem judicial, sem informar seus advogados e foi devolvido sem nenhum tipo de exame de corpo de delito que pudesse comprovar supostas agressões.
Em depoimento prestado ao juiz responsável pelo caso, Antônio Cristóvão negou a participação nos assaltos e afirmou que foi espancado para que confessasse o crime e citasse a atuação do Policial Militar, Karuzo. O mesmo revelou que nunca prestou o depoimento em delegacia que continha sua suposta assinatura.
De acordo com uma denúncia do Ministério Público do Estado, três presos apontaram Bardal em um caso de corrupção passiva que teria acontecido durante uma operação comandada pela Seic em Imperatriz. Em depoimento, eles relataram que o ex-chefe da SEIC e outro policial receberam 240 mil reais para libertar outros investigados. Um deles disse que o delegado exigiu 10 mil para liberar um veículo que estava apreendido.
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