Roberto Rocha sobre pedido contra Sarney: “não vi nada que possa justificar medida tão drástica” - Kelly do Blog

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terça-feira, 7 de junho de 2016

Roberto Rocha sobre pedido contra Sarney: “não vi nada que possa justificar medida tão drástica”




O senador Roberto Rocha (PSB) criticou ontem (7), em discurso na tribuna do Senado, a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pedir a prisão do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

O PGR pediu também a prisão de Romero Jucá (PMDB-RR), mas Rocha não se referiu a ele em sua manifestação.

Para o socialista, não há nos áudios em que figuram Sarney e Renan “nada que possa justificar medida tão drástica”

“Eu, sinceramente, do que eu ouvi, como todo brasileiro, em relação àqueles áudios que envolvem o senador Sarney e o senador Renan, até onde eu ouvi, não vi nada que possa justificar medida tão drástica”, disse.

Ele também elogiou a atuação do Ministério Público e da Polícia Federal na Operação Lava Jato, mas mostrou preocupação “com o crescimento de certa mentalidade punitiva e justiceira” que tem ganhado corpo na sociedade, e no caso da política subverte a ordem jurídica condenando, antes mesmo de um julgamento.

A quem interessa alimentar esse cenário, senão àqueles que pregam saídas autoritárias? Quando permitimos que os valores da política sejam rebaixados, estamos abrindo as portas para soluções messiânicas, para o esgarçamento das relações sociais”, afirmou.

Veja no vídeo acima.

“Não fale nada contra a lava-jato”, aconselha, ironicamente, Marcos Lobo

O advogado Marcos Coutinho Lobo manifestou-se, também ontem, sobre os pedidos de Janot.

Na visão dele, o ex-presidente e os dois senadores estão pagando o preço de ter opiniões.

“Não fale nada contra a lava-jato. Não manifeste sua opinião contra o Ministério Público Federal. Não imagine mudar uma lei, mesmo sendo parlamentar. Não aconselhe ninguém sobre meios de defesa. Não indique advogados a réus. Enfim, cale-se para sempre sobre a Lava Jato ou você poderá ser alvo de pedido de prisão. Também não corra o risco de ser a favor da presunção de inocência. Ah, se os arquivos da ditadura falassem, como dizia Saulo Ramos”, escreveu, nas redes sociais.

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