Projetos estruturantes para o desenvolvimento do Maranhão, foi o que defendeu o senador Roberto Rocha (PSB-MA), em discurso no plenário do Senado, nesta quinta-feira (19). O senador registrou sua preocupação com dados apresentados em reportagem do jornal O Estado de São Paulo no último domingo, dia 15, segundo a qual nove das dez cidades do país com maior informalidade estão no Maranhão.
A matéria traz informações sobre a precarização do trabalho no Brasil e mostra que, segundo dados do Ministério do Trabalho e da Previdência Social, o Brasil não alcançou a meta de formalização de 400 mil empregos até o final deste ano. Apenas 197 mil trabalhadores entraram na formalidade este ano.
Os números do Maranhão são alarmantes. Os cinco municípios brasileiros que registram maior informalidade são maranhenses. Centro do Guilherme é o pior, com apenas 3 % dos trabalhadores, num total de 387 pessoas, no mercado formal. Considerando que 330 são funcionários da prefeitura, apenas 57 têm carteira assinada pelo setor privado.
“Esse é o quadro em que vivemos no Maranhão. Não há dinâmica econômica, não há produção. A maioria da população depende da rede de proteção social, sem perspectiva de melhorar de vida”, lamentou o senador.
Roberto Rocha defendeu a implantação de projetos estruturantes que dinamizem a economia, gerando emprego e renda, como uma forma de modificar essa realidade. Ele lembrou que seu projeto para a criação de um exclave aduaneiro, a Zona Franca de São Luís é um passo importante para a o destravamento das pontencialidades do estado. Roberto Rocha também defendeu a adesão do Maranhão ao consórcio regional formalizado por seis governadores de estados do chamado Brasil Central. “Defendo que o aspecto logístico, que norteia a criação dessa entidade, contemple também o Maranhão, graças à nossa capacidade de escoamento da produção”.
O senador encerrou seu discurso dizendo que acredita do potencial do Maranhão e tem convicção que essa realidade será mudada. “Temos plenas condições de virar essa página de nossa história”, concluiu.