O senador Roberto Rocha (PSB-MA) criticou duramente a atitude do presidente da CBF, Marcos Polo Del Nero, que impetrou mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal para evitar a quebra do seu sigilo bancário, solicitada pela CPI do Futebol no Senado. Em discurso em plenário, o senador Roberto Rocha, que é membro da CPI, disse que está “totalmente indignado” com as alegações constantes na peça apresentada no STF de que a CPI foi criada com motivações pessoais de seu presidente, o senador Romário (PSB-RJ). “Em nome da comissão, quero revelar minha total indignação com esse desrespeito em considerar que esta Casa instala CPIs movida por interesses pessoais.”
A CPI pediu a quebra do sigilo bancário do dirigente da CBF e investiga possíveis irregularidades em contratos feitos para a realização de partidas da seleção brasileira e de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014, além da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014.
O senador Roberto Rocha disse que se sente muito seguro em saber que o mandato de segurança será julgado pelo ministro do Supremo, Edson Fachin, a quem considera com um dos melhores nomes da Corte Suprema. “Espero que ele (Fachin) compreenda esse trabalho que nós estamos aqui empreendendo na CPI do Futebol, aguardada com muita expectativa pelo povo brasileiro”. O ministro Edson Fachin negou o pedido de liminar feito no mandato de segurança.
Roberto Rocha ressaltou a importância do trabalho da CPI, lembrando que a CBF teve um orçamento de R$ 540 milhões, em 2014, e que até o momento há muitas informações de irregularidades envolvendo contratos realizados pela entidade. Entre os temas que estão sendo investigados, há o contrato para realização de um amistoso entre Brasil e Portugal, em 2008, envolvendo recursos públicos. “O povo brasileiro não é apaixonado pela CBF, o povo brasileiro é apaixonado pelo futebol”, afirmou o senador, “de forma que cabe sim a nós, congressistas, apurar o que a CBF faz com a paixão nacional”.
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