Neymar é a estrela da Seleção Brasileira e, como todo
jogador em tal posto, é muito cobrado, principalmente quando não faz gols ou
não atua bem pelo time. O técnico Luiz Felipe Scolari já o havia defendido, os
companheiros, também. Mas o atacante do Barcelona precisava mostrar seu
potencial e ontem à tarde ele o fez, mesmo que ainda faltem os espetáculos.
Primeiramente, demonstrou categoria ao acertar belo chute de
fora da área e mandar a bola no lugar mais difícil de colocá-la, no ângulo. O
gol encerrou o jejum de nove jogos sem balançar a rede, por Santos (desde a
semana passada o seu ex-clube) e Seleção, e ainda marcou história ao ser o
tento mais rápido do Brasil em jogos de estreia e da história da Copa das
Confederações.
Porém, as estatísticas também tornam-se pouco relevantes se
observar o que o jogador mostrou em campo. Faltaram as mágicas que fazia nos
tempos de Santos, mas sobraram obediência tática e jogadas eficientes.
Atuando mais pelo lado esquerdo do campo, driblava e tocava
na hora correta, sem exageros. A maior prova foi o lindo passe que deu a Fred,
no fim do primeiro tempo, que o goleiro japonês Kawashima evitou que a bola
fosse à rede.
Além de jogar bem, soube como levantar a torcida. No segundo
tempo, quando cobrava escanteio, mexia com o povo nas arquibancadas, pedindo
apoio, que se levantassem. E o público respondia com aplausos e vibração.
Também preocupou a todos os presentes após levar pancada e sair de campo. A
única vez que ouviu vaias foi quando acabou substituído por Lucas, mas eram
direcionadas a Scolari pela mudança.
“Não me sentia pressionado, já tinha dito isso, o Felipão,
também. Meu objetivo é sempre ajudar a Seleção e isso que foi o mais
importante, não interessa se fiz o gol ou não”, frisou o jogador. “Com a equipe
crescendo, as individualidades começam a aparecer”, completou.
Quem ficou contente com a atuação do atual dono da camisa
dez foi o próprio treinador. Um dia antes, ele havia defendido e pedido
proteção ao jogador, principalmente porque era o craque do time. Ao menos pela
torcida, foi atendido. “Eu disse. O Neymar é grande jogador. Em um ou outro
momento, pode não estar bem. Mas, no geral, é grande jogador e pode fazer a
diferença”, frisou o treinador.
Que ele continue a brilhar pela Seleção Brasileira,
especialmente em campos nacionais neste e no próximo ano. Os cearenses, ao
menos, são os mais ansiosos agora.
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