Hospital Regional, quase 20% dos partos são de mães
adolescentes. Há risco ainda para o bebê, que pode ter problemas respiratórios.
A gravidez na adolescência é um assunto que preocupa
autoridades. De acordo com o Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz,
em quase 20% dos partos realizados, as mães têm idades entre 12 e 17 anos.
Em 2012 foram registrados 3.123 partos. 607 eram de mães
adolescentes (12 a
17 anos), o que equivale a 19,43%. Em 2013 já ocorreram 1.476 partos nos
primeiros meses do ano. Desse total, 228 são de adolescentes.
O hospital constatou outro dado preocupante. Quase todas as
crianças nascidas dessas mães, são filhas de homens que não assumem a
paternidade. São filhas de homens que não assumem a paternidade.
Diferente de décadas anteriores, atualmente as meninas
menstruam pela primeira vez antes de completar 11 ou 12 anos. Não há uma
explicação exata e científica para essa mudança, mas os especialistas acreditam
que o fenômeno biológico pode estar relacionado à alimentação e desenvolvimento
melhor das crianças.
"Isso se torna impactante porque a maioria das mães
adolescentes tem maior possibilidade de nascer prematuro, necessitando de
cuidados e assistência da UTI Neonatal", explicou Virgília Borel,
coordenadora de Educação Permanente.
Na era da tecnologia, os casais passaram a planejar mais o
tamanho de suas famílias, mas um problema ainda é comum, principalmente pelo
início mais precoce da fase fértil das mulheres: a gravidez na adolescência.
A filha de Maria Solimar, aos 16 anos, já casou, separou e
agora a avó vai ajudar a criar a netinha. “Não foi planejado. Aconteceu. Agora
vou deixar ela com minha avó para terminar meus estudos”, disse a menina.
A adolescência é uma fase conturbada pelas descobertas,
ideias diferentes das dos pais, pela formação da identidade, além de ser
marcada por uma fase que envolve ao mesmo tempo, namoro e tabus. “Sempre conversei com ela, mas filho não
obedece mãe”, disse a avó.
A gravidez na adolescência gera impacto físico, emocional,
familiar e social. Do ponto de vista dos médicos, as chances de um parto prematuro
são maiores, o que também está relacionado aos cuidados durante a gestação.
Do: G1 MA
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