Além de membros do MPMA, estavam presentes representantes da Defensoria Pública, da Delegacia da Mulher de Imperatriz, do Movimento de Mulheres de Imperatriz e pessoas da comunidade. Para participar do evento era necessário doar 2kg de alimento não perecível, para serem doados a instituições de caridade.
A palestrante afirmou que a Lei Maria da Penha possui 46 artigos, sendo 90% de caráter preventivo. "Apesar de o Brasil ter sido o 18º na América Latina a ter uma lei de proteção integral à violência contra a mulher, a Maria da Penha é considerada uma das três leis melhores do mundo", ressalta a jurista.
Contudo, para Alice Bianchini, a mentalidade dos envolvidos, sejam eles agentes públicos ou mesmo vítimas, atrasa a aplicação e a manutenção das penalidades. "Até 2007, muitos juízes e promotores não consideravam a Lei Maria da Penha constitucional e simplesmente as penalidades não eram aplicadas", enfatizou.
A acadêmica citou dados de uma pesquisa realizada pelo Ipea, em 2013, em que 63% dos entrevistados afirmaram que casos de violência ocorridos dentro de casa devem ser discutidos somente entre membros da família; 78,7% acreditam que "em briga de marido e mulher não se mete a colher"; 82% "acham que o que acontece com o casal em casa não interessa aos outros", 89% acreditam que "roupa suja deve ser lavada em casa" e 42,7% acreditam que mulher que é agredida e continua com o parceiro, gosta de apanhar.
O titular da 8ª Promotoria de Justiça Especializada da Mulher, Joaquim Ribeiro Júnior afirmou que a palestra foi muito proveitosa. "Alice Bianchini é uma jurista reconhecida internacionalmente e pesquisa leis de proteção à mulher de outros países. Esses aspectos agregam valor ao nosso trabalho para que possamos dar respostas cada vez mais rápidas e efetivas à população", avalia Joaquim Júnior.
Redação: Iane Carolina (CCOM/MPMA)